terça-feira, 10 de junho de 2008

O problema era não estar só,

era não cortar de uma vez aquele mal pela raiz. Era estar estragando o que havia de melhor.
Como um doce quando a gente come demais, acaba enjoativo, doce demais. Eu engoli.
Foi dificil a dor da convivencia desesperada e atrativa, falar sem parar, doer no ouvido.
Comendo o tempo todo pela fome de viver, de viver o amor de comer o amor.
sobre tudo, nada sobra sobre a mesa, nada escapa ao fino sabor de desdém. Fica o inquieto silencio, o vazio no estômago e o enfraquecer. As pernas, os dedos, as mãos que não se permanecem sobre as letras.
Daí vem todos os nossos problemas, vem da fome, da sede, da vontade. Na verdade, toda a dor vem da obrigação.
Eu descrevo, escrevo e leio. Eu repito, insisto e inquieto os teus pensamentos. Eu represento, atuo o ato falho.
Apaga, deleta e reescreve. Perde um minuto no banho pra ficar um minuto na mesa, pra debruçar meia hora nas letras... ahhh.. Perder e ganhar, não era sobre isso que se fala na hora do jantar, do café e na hora do minuto perdido no canal da tv?
Ganhar e viver, isto sim! Uma sopa de letrinhas pra sobreviver, uma fome de meia hora sozinha.
Por estas e outras: rir e coçar, basta começar - escrever e comer, ídem.

0 Personas comeram meu biscoito da sorte hoje!: